A UE não pode negociar com Criminosos de Guerra

À Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros da União Europeia
petição
O governo de Israel está a matar Gaza à fome; a União Europeia não pode ser cúmplice das graves violações do direito internacional cometidas por Israel.
Não pode haver continuação do Acordo de Associação UE-Israel enquanto o governo israelita bombardeia sistematicamente civis e mata deliberadamente à fome a população de Gaza.
Nos termos do artigo 2.º do Acordo de Associação UE-Israel, a cooperação deve ser suspensa se uma das partes cometer graves violações dos direitos humanos. Esse limiar foi há muito ultrapassado, conforme documentado por todas as principais organizações de direitos humanos.
Por conseguinte, instamos a UE e os seus Estados-Membros a:
- Congelar TODO o comércio com Israel: suspender imediatamente o Acordo de Associação UE-Israel
- Parar TODAS as exportações de armas para Israel
- Impor sanções aos funcionários e colonos israelitas responsáveis pelo bloqueio e pelas atrocidades em massa em toda a Palestina
Por que motivo é importante?
As crianças em Gaza estão a morrer — não apenas por causa das bombas, mas também por causa da fome deliberada.
A ONU alerta que 14.000 crianças em Gaza podem morrer, a menos que sejam urgentemente permitidos alimentos e medicamentos. Os pais estão a alimentar os seus filhos com erva. Os bebés estão a morrer de desidratação. [1]
Mesmo na fronteira de Gaza, 80.000 metros quadrados de ajuda humanitária — alimentos, leite em pó, material médico — estão bloqueados no deserto. [2]
E os ministros israelitas não o escondem — estão orgulhosos. O ministro das Finanças Smotrich afirmou: «A [ajuda] que entrará em Gaza nos próximos dias é a quantidade mais ínfima. Estamos a desmantelar Gaza [...] E o mundo não nos está a impedir.» [3]
Mas pessoas em todo o mundo estão a reagir — e finalmente a nossa pressão está a ser sentida. Após meses de silêncio, esta semana, até mesmo os aliados mais próximos de Israel na Europa exigiram uma revisão do acordo comercial de 47 mil milhões de euros da UE — supostamente com base nas violações de direitos humanos e no bloqueio da ajuda humanitária. [4]
Esta mudança só está a acontecer porque as pessoas estão a impô-la com os seus protestos. Mas uma revisão não salvará vidas, por isso, juntos, devemos pressionar por mais.
É por isso que estamos a apelar aos líderes europeus para que tomem medidas concretas para impedir o financiamento dos crimes de guerra sem precedentes de Israel, antes que mais civis morram de fome: suspender o Acordo de Associação UE-Israel, o principal tratado que regula todas as relações entre a UE e Israel, parar as exportações de armas e impor sanções àqueles que estão a promover a violência.
Ao mesmo tempo, a UE deve continuar a apelar ao restabelecimento urgente de um cessar-fogo, à libertação de todos os reféns pelo Hamas e outros actores armados e ao fim do bloqueio à ajuda humanitária.
Estamos perto. Bastam um ou dois países para inclinar a balança. Vamos garantir que o seu país seja um deles — diga aos líderes europeus qual é a sua posição.